Sunday, March 28, 2010

Memórias do amanhã.

(...)

Ela corre,
rápido,
assustada,
não sabe onde vai parar

De quê?
De quem?
pra onde?

Ela tem pressa de chegar
pois todos os passos
são inseguros

Tem vontades
sonhos
e deseja muito

é uma criança
ingênua
que cresce em fúrias

mas ainda
sem sentido exato
sem lugar para estar

se move
pelo medo de voltar
pelo desejo
de chegar

onde?

ela tem sonhos
com outras realidades
mas está cansando de procurar

A pequena tropeçou
num menino
que a ensinou

entre muitas das liçoes
uma que parece mostrar horizontes

O menino ensinou-a
que se deve...
Construir

A menina entendeu
onde queria chegar
pra onde estava correndo
e como encontrar

nao ia achar seus sonhos procurando
o menino tinha razão...

E a menina?
o que tinha pelo menino?
por que nao o esquecia?

o que mais ele ensinava?

Depois dele
tudo foi diferente
mas o que uma criança
poderia lhe ensinar?

parece que qualquer liçao
por ele
já tinha sido aprendida...

(...)

Queria ser o que você sempre sonhou
sem medo de acordar sozinha
sem medo de dizer quem eu sou

Desejo todos os seus segundos
sempre esperando que deseje os meus

E sinto medo...
Quando não estou ao seu lado,
de que nao queira mais
estar ao meu.

Quero correr..
quero que o tempo passe voando
por que estou a quilômetros
e a saudade nao se conforma em estar

(...)

quero mesmo é desejar
e esquecer de tudo
olhando pra voce

sem esquecer de nada
nem dos sonhos
nem das lutas
sem esquecer de nenhuma parte do que é...
do que sou

mas é verdade...
sonho com um outro mundo,
nele voce sorri sempre

sonho o teu sonho
sempre sonhei
mas tenho medo
o medo que voce nao tem.

(...)




Não sei como terminar, porque nao quero que termine.



...!


Friday, March 19, 2010

traça a curva

O coraçao fica apertadinho
e aquele mundão enorme
todo ele diminui
depois de piscar me sinto só
e quando as paredes vão ficando próximas de mim
só me resta escrever
que eu lembrei
agora mesmo,
que a vida não é conto de fadas
e espero anciosa
pra esquecer dessa lembrança real.

Thursday, March 11, 2010

Mito do Eu.

Minto para mim mesma todos os dias, manhãs, tardes e noites são mergulhadas em saborosas mentiras doces que deixam o dia um tanto menos acinzentado.
Não faço questão dessas mentiras diárias tanto qunato os outros, para eles devo estar bem, devo estra feliz, sorridente, e entender todas as situaçoes que estão ao meu redor...
Já para mim sobram as migalhas de tempo e os rascunhos de sinceridade que chegam a escapar de mim mesma, as vezes, quando o céu põe-se a chorar e mancha meus simples desenhos de futuro, antes, já tão incertos.

Insinuações.

Como você se sente?

Correndo com a navalha nas mãos...

Como pode fazer esse tipo de coisa?

Por estar temendo fazer outras...

Gramática

As palavras se movem
se misturam em silabas e vogais
completamente desconexas

faço força pra ser leitora
e entender
os poucos momentos
de lucidez das palavras

seus milhares de significados e formas
só fazem confundir uma mente ingênua
a presença de tons e ênfazes
me torna sua refém

dobras de língua
tropeços na dissesrtação
rabiscos e gritos
todos em profusão

sentidos diversos
significados individuais
que doem no coletivo
por nunca se entenderem iguais.

...!

Tuesday, March 09, 2010

prosa.

Quero nao temer a chuva, e nem me envergonhar da vontade de tirar os sapatos a todo instante e colocar os pés para sentir o frescor do chão, a maciez da grama que pinica...
E sentar debaixo da mangueira sem pressa alguma do amadurecer dos frutos, esperando e apreciando cada mudança de cor e crescimento que chegam juntos com a paciencia de esperar também o novo romper da aurora.

Preciso de pouco para me sentir completa, apesar de precisar de tão pouco para permitir ser tomada por um vazio febrir e lancinante, fazendo todo corpo morno tremer no calor do frio seco e doloroso do sentir-se só.
Me tragam o riso, e a coragem de sorrir sem medo, de morder a manga e deixar escorrer tudo que lambusa a boca e suja os dentes, as felicidades sem códigos de barras, as liberdades simples que permitem vestir aquele saião e ergue-lo um pouco abaixo dos joelhos, suficiente pra correr pela grama e rir muito de si mesma quando troceçar e rolar no chão...

Preciso do simples respirar aliviada por ter a chance de abrir os olhos novamente e tentar tudo de novo, e mais um pouco outra vez, por que nao? brincar de amarelinha com 30 anos, brincar de lousa aos 8... Ser feliz agora, sorrir agora, e nao esquecer de ter toda a consciencia que o mundo pede, e saber lidar com os impasses do que tua própria crítica revela.

Criança e aprendiz de um jardim de infância sem gira-gira.

Correndo na terra vermelha

Tudo se constrói e se confunde
na minha cabeça
somente os sonhos são realidades

naquele universo fabricado em nuvens
nem as estrelas têm mais coragem de brilhar...'

Somos plumas
soltas em intensa ventania
sem rumo...
só sonhos.

Bolinhas de gude
que se chocam
no chao de terra
brincadeira de criança
com sonho de algodão

somos as plumas
que voam das fronhas
na guerra de travesseiros
entre ideologias de sofá

aquelas crianças
que nao deixam de acreditar
que ser gente grande é fácil
e que mudar o mundo
é apenas um belo lance
no "jogo de gude" do quintal.

Quais os sonhos que sao reais?
quais os que devem virar realidades?
quais nao machucariam ninguém?

...!

Monday, March 01, 2010

Corrida de botão.

nao tenho mais palavras
sou aquele botao que se desprende do acsaco
e rola alucinado até encontrar um obstáculo

botões nao pulam
como entao passarao por isso?
ou por aquilo?

Cecília entendia do OU
eu entendo mais do isto E aquilo
porque os dois estao me impedindo de continuar rolando alucinada.

Estava aqui pensando com meus botòes
e percebi que derrubei vários...
pelo caminho