Sunday, March 04, 2007

.Vidas secas.

.a noite é fria outra vez.
fria de vida.
fria de amor.

quente de dor e agonia.
quente do sol que a todo tempo ardia.[arde]
e tudo se move lentamente.
como se cortinas voassem em camera lenta assustando e derrubando vasos de violeta que agora quase sem vida clamam por suas flores de volta.
algo perturba o paz do mundo.
e sabemos o que é.
difícil apenas será encontrar o que destrua tal raça tão falsamente evoluida.
derruba-los nao é dificil, eles fazem issso sozinhos, nao precisam da ajuda de ninguem,
a noite fria pede ajuda, agora é quase noite quente quando devia causar calafrios de frio, causa de medo.
apavorados os bonecos correm em direçoes contrarias
derrubando e caindo uns sobre os outros.
mas nao há para onde correr
nao existe lugar nbo mundo capaz de esconde-los ou poupa-los do destino e do mundo que criaram.
a raça nao é mais homem ou humano. sao bonecos, castigados por erros de bonecos mnaiores e sofredores como todos que ainda virão.
crentes dementes.
pobres e vazios.
serpentes.
alimentando-se de cinzas ainda vagam e vagam por ai.
cnzas foi o que sobrou.
castigdos por sol radiante e sede rritante estão secos.
são a nova raça.
a raça que nao tem coida, nao tem agua, nao tem sentimento e nem sentdo.
nao tem vida.
uma nova classe, o que a lei da natureza diz... a lei do mais forte, a Seleçao Natural derrubando-os, um corre em direçao ao outro e em mordidas e gritos matam, para comer algo temperado com sangue e cinzas.
Vidas secas.
As novas vidas secas.
[coisa que se Graciliano Ramos visse, talvez dissesse que Fabano tinha sorte.]

(...!)